Abaixo, excelente entrevista feita pelo jornal "O Nhesuano", da Cultura Guarani, editado no Rio Grande do Sul, na cidade de Roque Gonzale (região missioneira), a 2271 km de Montes Claros, já na fronteira oeste, com a Argentina.
Nela, Nelson Hoffmann conta detalhes sobre o escritor montesclarense e jornalista, Manoel Hygino dos Santos, que no próximo mês de março, dia 13, completará 86 anos, em plena, fecunda e respeitada atividade.
É a maior voz ativa de M. Claros, e muitos dados revelados pelo jornal são desconhecidos até dos admiradores mais próximos do escritor, que, rapazote, deixou M. Claros antes dos anos 50 do século passado, mas a ela segue vinculado por laços irremovíveis, devotados.
A publicação, voltada para a região missioneira, uma das mais genuínas do Brasil, tem uma dúzia de páginas, de alto valor literário e antropológico, e na sua última folha rende homenagens a outro montesclarense - Darcy Ribeiro, citando ser ele o autor da denúncia de que 70 milhões de índios das Américas sofreram holocausto.
É necessário acrescentar: a Região das Missões, no Noroeste do Rio Grande do Sul, é venerada por viajantes do Brasil e do mundo, notadamente da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e da Europa, em função das reduções jesuíticas dos Guarani, edificadas entre os séculos XVII e XVIII. No lado brasileiro, ficavam os Sete Povos das Missões. (Nunca esquecer que a poucos quilômetros de M. Claros, na Barra do Guaicuí, hirtas, abandonadas, esquecidas, ultrajadas, fincam-se relíquias deste mesmo tempo, do mesmíssimo impulso civilizatório).
Abaixo, a íntegra da entrevista de Manoel Higino aos Sete Povos das Missões, depoimento que merece ser percorrido com emoção e agradecimento:
"MANOEL HYGINO DOS SANTOS
Cronista lido, amado e respeitado, autor de dezenas de livros, personalidade marcante na trajetória do século XX/XXI, intelectual e Humanista acima de tudo, figura admirável. É possível não reverenciar Manoel Hygino?
Membro da Academia Mineira de Letras, jornalista e escritor, Manoel Hygino dos Santos, mineiro de Montes Claros, nascido em 13 de março de 1930, com mais de 20 livros publicados, em que predominam crônicas ou pesquisas históricas e literárias. Começou nas letras muito cedo, aos 18 anos, publicando: “Vozes da Terra”, contos e crônicas, 1948; passou por jornais, em sua terra natal e ,já em Belo Horizonte, foi redator e editor de revistas e jornais de maior circulação no Brasil. Atualmente é articulista do Jornal Hoje em Dia, editor do Jornal Santa Casa Notícias, da Revista da Academia Mineira de Letras, e Ouvidor da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Em seus livros focalizou o homem em sua dúvida (Considerações sobre Hamlet), os movimentos de contestação (No rastro da subversão) a decadência e queda do império russo (Rasputin, o último ato da tragédia Românov), a explosão da juventude na sexta década do século passado (Hippies, Protesto ou Modismo) e a vida de Pedro Nava, o grande memorialista brasileiro (Tu és Pedro – Um crime que ficou sem castigo), dentre outros. Inicialmente como assessor da Provedoria e assessor de imprensa. Fundou o órgão oficial de informação da instituição , do qual é editor e decidiu escrever a história da instituição , suas clínicas e personalidades, eternizando aspectos da assistência médica no Estado. Em 2005, escreveu: “Santa Casa de Belo Horizonte – Uma história de amor à vida”, seguindo mais de uma dezena de obras relacionadas à Santa Casa, propiciando a fixação da memória da instituição. É detentor de diversos prêmios e títulos, como Prêmio Edmo Lutterback pelo conjunto de obras, Diploma de Personalidade Cultural da União Brasileira de Escritores, Medalha e Diploma do Sesquicentenário de Montes Claros, Medalha da Inconfidência do Governo de Minas Gerais, Comenda Eduardo Levindo Coelho, concedida pela Federassantas, em 2005, entre outros.
Manoel Hygino, a simpatia e admiração por sua pessoa, e a leitura de seus textos é grande por estas nossas bandas. Todos querem saber quem é Manoel Hygino dos Santos? Vamos por partes: Onde nasceu? Fale-nos de sua infância? Família, amigos? Havia livros, leituras em seus tempos de menino?
É muito agradável saber que os amigos do Sul, da fronteira, da região missioneira, me vêem com simpatia. Os meus textos, pobres textos que aí chegam, fazem parte de minha produção habitual, elaborados ao calor do cotidiano, em meio aos embates de múltipla natureza que os brasileiros enfrentam. Nascido em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, em março de 1930, já no grande sertão referido por Rosa, sou parte de uma gente que trabalha, consciente da importância de seu labor para o desenvolvimento do país. É gente continuamente esquecida pelos poderes públicos e sofrida em desenganos e desencantos. Montes Claros é uma cidade grande, das maiores do estado, população difusa e brava.
Meus avós e pais se dedicaram ao comércio e a pequena atividade agropecuária, sem luxos e riquezas, sem faustos. Minha mãe, filha única; amigos, poucos mas honestos, que não pude cultivar, eis que, na adolescência, vim estudar em internato em Cachoeira do Campo, município de Ouro Preto, para o curso médio, concluído em Belo Horizonte. Meus professores foram amigos e com eles auferi ensinamentos em período tão relevante da vida. Leitura, sim, desde cedo. Não havia o desvio de atenção imposto pela televisão, rádio ainda chegava, o cinema era o divertimento maior, alvo de comentários e discussões. Restava a leitura, e livros não faltavam. No mais, brincadeiras de jovens, andar a cavalo, visitar sítios, ajudar o avô e o pai no comércio, assistir aos festejos regionais. Trabalhar começou cedo, inclusive em chácara, abrindo covas e plantando.
E depois, nos ditos anos de formação, adolescência-juventude, por onde andou? Que escolas, cursos? Graduações, diplomas? São coisas que se perguntam, nosso leitor está curioso por saber. Pode contar?
Depois do internato em Cachoeira do Campo, com os salesianos, eis Belo Horizonte, para onde os pais se transferiram. Época de descobrimentos, busca de si mesmo, bons professores, Estado Novo, a Hora do Brasil. E mais cinema. Concluído o ginásio, fiz o clássico. Contato com a música, aulas de teoria; consertos assistidos no Conservatório Mineiro, freqüência a espetáculos teatrais, ópera, textos para jornais escolares, participação em entidades estudantis, fazendo promoções culturais no meio, vencendo a timidez. Aos 18 anos, a ousadia de escrever e ver publicado um artigo para “Gazeta do Norte”, jornal de Montes Claros, sobre o assassinato de Gandhi, que me conduziu à permanente experiência de redação.
Sabemos, o que importa é a obra e a sua obra é vasta. Antes, porém, ainda precisamos perguntar, porque o leitor gosta de saber particularidades da personalidade focada: Dono de sua vida, praticou que atividades, por quais caminhos progrediu, onde se encontra e o que realiza hoje?
Em casa, achava-se que deveria fazer Medicina. Havia parentes formados. Uma bela profissão, prestigiada, rendosa. Os cursos eram, contudo, disputadíssimos. Mais chances para aqueles que já tinham alguém no ramo. Os vestibulares eram extremamente concorridos. Consegui uma bolsa de estudos em Montevidéu, junto ao Ministério da Educação do Brasil. Duzentos dólares mensais, o suficiente. Representava 600 pesos, mais ou menos. Depois de rápida passagem pelo Hotel Globo, na Ciudad Vieja - Baja, estacionei no modesto Hotel Machado, na Calle San Salvador, perto do parque Rodó, bela região, próxima da Playa Remirez e do Hotel Cassino. Estudava muito, aprendia, formei amizades com estudantes do país, do Brasil, da Espanha. Fiz a reválida, de todas as disciplinas do curso médio, mas também me submeti a sabatinas das disciplinas de geografia e história do Uruguai, provas orais em espanhol, assim como as escritas, a banca examinadora de olhos e ouvidos atentos. Aprovação honrosa, sem proteção. Dei aula particular de biologia, para um jovem, filho de alemães. Os cursos que fiz eram na Faculdade Nacional de Medicina, na General Flores, experimento riquíssimo e inesquecível, inclusive na dissecação de corpos. Ruben Romero Arenillas, funcionário ali, culto, poeta, falava perfeitamente pelo menos três ou quatro línguas, me ajudou, comentários sobre literatura, aprendi sobre Neruda e Gabriela Mistral, discutíamos Ruben Dario, Lorca e comecei a interessar-me pelos escritores da América Latina, seus pensadores, seus heróis. Montevidéu é múltipla e rica. Seus monumentos, grandes e atraentes; seu povo, cosmopolita, fino, sabe das coisas. De lá, seguia escrevendo para os jornais de Belo Horizonte. Adquiria cabedal, sem plano seguro. No fim de 1953, voltei para férias. O país estava em ebulição, o governo Vargas, torpedeado pela oposição, por Lacerda, um extraordinário tribuno, corajoso e culto. O Brasil era palco único e próprio para sua eloqüência. Belo Horizonte, centro opositor desde o Estado Novo, inviabilizava retorno ao país sulino. Deixei Montevidéu, meus amigos, os estudos, as aulas de Anatomia, Citologia e Histologia, e, que pontificavam os maiores nomes do magistério universitário: o viejo May, dos tempos de Testut na França, professor Buño, na Histologia. Começar tudo de novo. Em 1954, a era Vargas se tornou passado, os planos anteriores foram abandonados. Tentaria as Ciências Jurídicas.
Aprovado no vestibular na apelidada Escolinha do Bispo, que constituía um dos núcleos da hoje poderosa Universidade Católica de Minas Gerais, a PUC-MG, comecei em Direito. Tampouco terminado, pelos novos rumos tomados na vida. O caminho era a imprensa, sobretudo em Belo Horizonte, mas também no Rio de Janeiro, na redação de jornais diários, na "Folha do Rio", como secretário de redação, a serviço de grupos ligados aos Vargas. Mais tarde, já de retorno à capital mineira, além de escrever para os veículos locais (inclusive tevê), vinculei-me a Bloch editores, em seu corpo de redação e chefiando a Sucursal de "Manchete" a maior revista do Brasil, por anos. Coube-me, por exemplo, dar cobertura à revolução de 1964, desde a noite de 31 de março. Simultaneamente, escrevia para todos os jornais de Belo Horizonte. Em "O Diário" maior jornal católico da América Latina, fui também redator, diretor de Redação e Presidente. Trabalhei como editor do "Diário de Minas" e diretor do grupo Força Nova de Comunicação, abrangendo jornal, televisão e rádios. Antes ousara lançar, aos vinte anos ou por aí, editar a revista "Esfinge", que durou três ou quatro números. Exerci cargos públicos expressivos em âmbito municipal e estadual. No final do governo militar, vi-me designado gerente para Minas da Agência Nacional, da presidência da República, cargo que ocupei por prazo não muito longo.
A obra é o que importa e aquilo que fazemos fica. Impressiona-nos a quantidade de livros publicados, mas um detalhe nos chama atenção especial: a precocidade de seu primeiro trabalho, Vozes da Terra, contos e crônicas. Tinha, então, ao que nos consta, apenas 18 anos. Como foi isso? Nasceu escritor, viveu em cima de livros?
"Vozes da Terra" é o livro de juventude, fruto da necessidade de os moços registrarem seus sentimentos e pensamentos, os fatos que lhes merecem atenção. É a abertura, a protofonia, com licença da imodéstia.
Na sequência desse primeiro livro, outro detalhe que chama mais a atenção: a demora para o lançamento do seu segundo livro, Considerações sobre Hamlet, ensaio. Entre um e outro, há um interstício de 17 anos. O que houve? Depois, o princípio da maturidade com "Considerações sobre Hamlet", que planejara durante pesquisas na antiga bibliotecada UFMG. Terminado o trabalho, a Imprensa Oficial do Estado, por deferência de seu diretor Guimarães Alves, intelectual de primeira em Minas, resolveu editá-lo, elaborando o prefácio. Um detalhe: bem antes da publicação, submeti o texto a um antigo diretor do SNT - quando eu morava no Rio - e o dito perdeu os originais. Bom, né? Mudança na vida, de cidade, as transformações políticas, levaram adiamentos na publicação de meus livros. Quem pode dedicar-se exclusivamente a eles no país? Não é preciso identificar nomes e qualificações.
Depois desse intervalo, vem uma avalanche de obras sem parar, até hoje. Cada livro melhor que outro. A grande predominância é a foram ensaística. Alguns, verdadeiras obras-primas. Destacam-se aqui, em nosso pequeno mundo missioneiro, livros como: Tu és Pedro - Um crime que ficou sem castigo, Getúlio: De São Borja a São Borja, Jesus, causa mortis... Todos ensaios, estudos claros e fundamentados, com visões novas sobre fatos e problemas já bem conhecidos, mas nunca bem esclarecidos. O que o levou ao gênero ensaístico quando, lá no começo, se lançou como contista e cronista?
"Tu és Pedro" resultou do grande prestígio de Nava, mineiro de Juiz de Fora, memorialista de mão cheia. Seu suicídio, no Rio de janeiro, se deu quando eu estava no Diário de Minas". Um fato inusitado. Um médico e escritor consagrado, realizado, matar-se aos 80 anos? O fato me encabulou. Procurei aprofundar-me, conhecer melhor causas da tragédia, em que me fui enfronhando, investigando, principalmente por assumir a assessoria do provedor da Santa Casa de Belo Horizonte. Ele ali começara a carreira – desde universitário. Deixou colegas, então ainda vivos. No entanto, “Tu és Pedro” ainda é livro inconcluído, pelos próprios meandros da vida do personagem, já investigados por Zuenir Ventura, agora na ABL.
“De São Borja a São Borja” é uma nostálgica reconstituição de episódios da vida de Getúlio, em suas muitas nuances. Atravessei o seu extenso período no Palácio do Catete, ouvi a seu respeito as expressões mais altas de respeito e afeição, que chegavam ao fanatismo. O objetivo do pequeno volume residiu em esclarecer aspectos de personalidade, de quem ele foi, sua liderança incontestável, sua conduta pessoal e pública, fatos de sua carreira. A História me interessa acima de tudo, somente lamentando o pouco tempo diário disponível e a proximidade do adeus definitivo, que não me permitem muito mais. “Jesus, causa mortis” é auto-explicável. Considerando o final de sua paixão, o que lhe teria efetivamente causado a morte física? Examinei inúmeros autores, cientistas e religiosos. Um tema fascinante, envolvendo também o Sudário, versões cinematográficas, um painel infindo e imponderável. É um resumo. Outro detalhe de sua obra: a intensa publicação de livros sobre problemas de saúde. Só para exemplificar, o último: O caranguejo Sinistro – A luta sem trégua contra o câncer. O fato é compreensível porque exerce atividades na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Como é isso de um homem de letras, artista da palavra, cronista querido e admirado, exercer e executar uma atividade tão difícil, de contínua visão do sofrimento humano, suas limitações e fins?
A vida nos ensina ser mais ou tão importante quanto a ficção. Com meu ingresso na Santa Casa de Belo Horizonte, uma das três maiores organizações de assistência médica filantrópica do Brasil, enveredei pelos ínvios e rudes caminhos dos que sentem e sofrem, que tem a vida em risco e procuram soluções nem sempre nas mãos dos homens. É um aprendizado incessante, doloroso, desgastante, abrangendo homens que se dedicam interminavelmente ao bem, dando provas de solidariedade e amor. Nos livros desta série, focalizo as doenças, suas origens, os tratamentos, os doentes, suas desditas e angústias; os profissionais da medicina e da enfermagem, dos laboratórios, enfim toda a máquina construída para minorar o padecimento. É algo profundamente humano. Inicialmente ali criei a assessoria de comunicação, um jornal, os primeiros passos para um site; depois, instituímos um programa artístico para os enfermos; finalmente, a Ouvidoria. É preciso que pacientes, familiares, acompanhantes, sejam ouvidos em suas queixas e reclamações. Ninguém precisa tanto de ser auscultado...
Todo escritor tem uma boa bagagem de leituras e, não adianta fugir, alguma influência ou admiração por livro ou autor anterior. Autores e livros preferidos? Alguma influência? Algum destaque? Além da Literatura, alguma outra Arte de seu encanto?
Todos os livros nos deixam marcas, desde os escolares. Depois deles, vieram o "Tesouro da Juventude", de meu avô, que me aguçou o interesse pela admirável missão de viver e enfrentar situações adversas, de pessoas que souberam cumprir o seu papel humano. Mais adiante, Dickens, Shakespeare, Hemingway, Cervantes, Dostoievsky, Dante, além dos nossos autores, muitos dos quais de primeira grandeza: Machado, Castro Alves, Rosa, e inúmeros na ficção, na história, na poesia. Enunciar todos os nomes ocuparia páginas. Mas não esqueço, nem poderia, por exemplo, Érico Veríssimo, que marcou meu período de adolescência, despertando minha atenção e adoração pelo Sul, sua brava gente. Missão seguida por autores atuais, da capital e do interior gaúchos, que fazem literatura de primeira grandeza e até se fazem conhecidos em outros países, antes de serem aqui reconhecidos. A literatura fascina, mas o Brasil precisa aprimorar-se mediante aproximação dos leitores mediante a melhor distribuição da produção.
E hoje? O que nos diz dos dias de hoje, em Literatura?
Continuamos tendo excelentes escritores, embora haja – como não poderia deixar de ser – os que escrevem simplesmente para agradar a determinados segmentos e angariar faturamento. Destes não me aproximo. Ingressei na Academia Mineira de Letras, premido pelas circunstâncias. O antigo presidente Vivaldi Moreira, um intelectual autêntico (que poderia alcançar a Brasileira) insistia que eu me candidatasse. Não tinha com ele liames mais estreitos, mas Vivaldi via minha presença na Academia como objetivo pessoal. Faleceu sem consegui-lo, mas deixou como herança ao sucessor que me fizesse "imortal"! Inclinei-me à determinação de ambos e fui escolhido por unanimidade. Sou, também, diretor da entidade e editor de sua prestigiosa revista, com quase cem anos. Aliás, por realidade de juventude, fundei – ao lado de outros escritores moços - a Academia Mineira Juvenil de Letras, quando tinha em torno de 20 anos. Coisa de mocidade!
Por Nelson Hoffmann – Nelson.hoffmann@yahoo.com.br
Bibliografia “Vozes da Terra”, contos e crônicas, ed. do autor, 1948; “Considerações sobre Hamlet”, ensaio histórico, ed. Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1965; “Rasputin, último ato da tragédia Românov”, ensaio, ed. Júpiter, 1970; “Governo e Comunicação”, monografia, ed. Imprensa Oficial, 1971; “Hippies, Protesto ou Modismo”, ensaio, ed. Júpiter, 1978; “Sangue em Jonestown, uma tragédia na Guiana”, ensaio, ed. Júpiter, 1979; “No Rastro da Subversão”, ensaio, ed. Faria, 1991 “Darcy Ribeiro, o ateu”, biografia, ed. Fumarc, 1999; “Notícias Via Postal”, correspondência, 2002; “Tu és Pedro – Um crime que ficou sem castigo”, ensaio, gráfica O Lutador, 2004; “Santa Casa de Belo Horizonte – Uma História de Amor à Vida”, edição Conceito Comunicação e Cemig, 2005; segunda ediçãi, 2010; “Clínica de Olhos – 90 anos, Uma História de Pioneirismo em Minas Gerais”; segunda edição, 2009. “Reverência pela Vida. A pediatria em Minas Gerais”; “Tempos de Nascer: A Obstetrícia em Minas Gerais”; “Vargas: De São Borja a São Borja”, 2009; “Memórias do Centro Precursor e Difusor da Especialidade em Minas – Endocrinologia e Metabologia da Santa Casa”, 2010; “Trabalhando com o Coração – A cardiologia na Santa Casa”, 2010; “Jesus, causa mortis, 2010”; “Cem Anos das Servas do Espírito Santo na Santa Casa de Belo Horizonte”, 2011; “A Dermatologia na Santa Casa”, 2011; “A Peste Branca A Pneumologia e a Tisiologia – Um relato”, 2011; “Doutora Celina Cem Anos de vida e solidariedade”, 2011. “História da Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizonte”, 2010 “Mãos que Afagam, Palavras Que Enternecem – As Voluntárias da Avosc”, 2011 “Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de Minas Gerais – Uma história de serviço à saúde e à Medicina” – 1947-2012”, Imprensa Oficial 2012 “Lucas Machado – Bom de bola e bisturi” , Imprensa Oficial, 2012 “Madrigal Renascentista”; Ed. CBMM, 2012 “Pelos Bosques da Memória” – FAPI Editora, 2013 “O Caranguejo Sinistro – A luta sem trégua contra o câncer”. FAPI- Editora, 2013"
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