Mundo teme o fechamento do Estreito de Ormuz, frequentemente apontado como o local provável da guerra mundial: parte mais estreita tem a distância entre M. Claros e Bocaiúva e é vigiado pela 5ª frota dos EUA, ancorada permanentemente ali perto
Sexta 20/06/25 - 14h35Os Estados Unidos são responsáveis pela proteção da navegação comercial no Estreito de Hormuz, por meio da 5ª Frota da Marinha, baseada no Bahrein.
A responsabilidade ganha destaque ainda maior em meio às recentes ameaças de grupos iranianos de bloquear a passagem, o que poderia impactar os preços do petróleo no mercado global.
Desde o início do conflito entre Israel e Irã, agências marítimas emitiram orientações para que navios petroleiros reforcem os cuidados na região, evitando áreas de risco e adotando trajetos alternativos próximos à costa de Omã.
O temor causado por paralisação no tráfego do Estreito de Hormuz, que responde por cerca de 20% do petróleo mundial e mais de 15% do gás liquefeito, impulsionou rápida alta no preço do barril.
Desde sexta-feira (13), quando começaram os confrontos, o petróleo Brent registrou alta de cerca de 8%, atingindo níveis que não se viam desde janeiro .
Houve aumento nos valores de frete marítimo, com taxas para grandes petroleiros mais que dobrando nos últimos dias, reflexo da maior cautela dos armadores diante do cenário tenso.
Especialistas afirmam que, embora um bloqueio completo do estreito seja considerado improvável em curto prazo — devido à presença da 5ª Frota —, até mesmo interrupções parciais ou interferências eletrônicas podem gerar instabilidade no suprimento, o que pressionaria os preços e impactaria o mercado global.
Há relatos de interferências nos sistemas de navegação das embarcações, elevando os riscos operacionais, e de companhias elaborando planos de contingência para possíveis desdobramentos.