Real é a terceira moeda, entre 118 outras, que mais perdeu valor contra o dólar desde o tarifaço norte-americano. Atrás apenas das moedas da Líbia e da Colômbia

Desde o anúncio do "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o real brasileiro se destacou negativamente no cenário cambial global.

A maior perda foi observada no dinar, a moeda da Líbia, que recuou 13,2%. Em seguida (e logo à frente do Brasil), vem o peso colombiano, com desvalorização de 5,8%.

De acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central, o real ocupa o terceiro lugar entre as moedas que mais perderam valor frente ao dólar desde a última quarta-feira (2).

A pesquisa analisou o desempenho cambial de 118 países e revela os impactos imediatos das tensões comerciais entre as maiores economias do mundo sobre os mercados emergentes.

A nova rodada de tarifas sobre produtos chineses e a ameaça de escalada no confronto econômico aumentou a aversão ao risco e tem provocado fuga de capitais de países como o Brasil.

A valorização do dólar é vista como reflexo da busca por ativos considerados mais seguros diante da instabilidade global.

Com isso, o real acumula uma forte desvalorização nos últimos dias, acompanhando o movimento de outras moedas emergentes.

Especialistas apontam que a persistência da disputa entre Estados Unidos e China pode manter o câmbio pressionado, com efeitos sobre inflação, importações e até o custo da dívida brasileira.