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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Um amigo nonagenário Manoel Hygino É novembro quase metade, dia 17. Tempo de formular uma saudação a Anderson Braga Horta pelos 90 anos. Palavras de alegria por estar-se vivo e poder lembrar o bom amigo, o conterrâneo sempre elogiado em verso e prosa, pela fidelidade à terra em que nasceu e que percorreu, desejando-a sempre melhor para seus filhos, guardando-a no coração. Nela se estila a essência de gratidão do menino de Carangola, que dali partiu para conhecer o vasto território habitado por gente que sabe valorizar o que ali existe. Anderson faz 90 anos e por unanimidade o saudamos, reverenciamos sua obra, sempre marcante, em nosso gosto e em nossa memória. Nasceu de poetas, com eles se foi formado – a infância, na adolescência, com longos percursos pelas estradas que já cortam a antiga província, terra de ricos proprietários que usavam escravos para extrair ouro e manda-lo ao luxo da metrópole, e as escravas para o evento carne, aumentando o número de sofredores – ou não - neste pedaço do hemisfério. Em dúvida inexplicável, Anderson, em sua escrita, verso ou não, deixa de sua trajetória até hoje uma aura imensa de poesia, pois ela o possui, em todo tempo, em todo lugar. No fim de contas, como confessa, Anderson não se tornou nem desenhista, nem pintor, nem músico, nem cantor. A poesia chegou - com os primeiros amores - e passou a reger seus dias e suas noites, com muito esforço dedicação, esmero. Na poesia, mas também na prosa, na oratória, valendo-se de habilitações e méritos indiscutíveis, como se aprecia e se aplaude por jornais, revistas, seus numerosos livros, nas reuniões literárias, nas academias, nos discursos em várias regiões. Neste 17 de novembro, repito o amigo e mestre ao bater à sua porta da casa dos noventa, esperando continue: “O ato está cumprido. A oferenda está feita. A vida vai: “Deo gratias”. Anderson: No berço intangível da solidão. Deus espalha o mel de sua voz.

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