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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: ADEUS A TÉO AZEVEDO – “UM GÊNIO DA ARTE, UM DOS GRANDES POETAS DO NOSSO TEMPO” Muitas personalidades e colegas quiseram se despedir do escritor ainda em vida, relembrando seu talento e seu eterno legado no campo das letras; mas sua comorbidade restringiu as visitas ao leito do hospital. O mundo das letras está de luto. O brilhante bocaiuvense Teófilo Azevedo Filho (Téo Azevedo) nasceu em São José do Alto Belo distrito de Bocaiúva – era e vai continuar – subjetivamente - sendo para este escriba o maior declamador de poesia catrumana; cantor; produtor; repentista; compositor; radialista e influenciador da arte brasileira – tinha 71 anos de carreira artística. Téo Azevedo já compôs mais de 2.400 músicas gravadas por diversos artistas e como cordelista nem ele mesmo sabia o número exato de cordéis de sua autoria – dizia em torno de 1000 edições. Como artista, Téo Azevedo abrangeu o nome da sua terra natal para o mundo – com o álbum “Salve Gonzagão 100 anos´, venceu o Grammy Latino 2013, premiação realizada no centro de eventos do cassino Mandalay Bay, de Las Vegas, nos Estados Unidos. Além disso, um dos seus trabalhos – “Grande Selvagem” (CD) - foi reproduzido na Alemanha para toda a Europa. Téo não tinha estilo específico – produzia de tudo (um máximo); foi fundador do Terno de Folia de Reis de Alto Belo e idealizador da festa de Reis em São José de Alto Belo. Com o sobrinho Rodrigo (in memoriam) faziam as violas falarem – Téo sofreu muito com a trágica morte deste sobrinho; sempre se emocionava ao comentar. Téo Azevedo nos deixou aos seus 80 anos e 10 meses. Seu traspasse ocorreu em Montes Claros, cidade que dividia as residências com São José de Alto Belo. Serão muitos os sinais de carinho que o artista vai receber com palavras sinceras e condolências que o lembram como um dos autores de maior sucesso. Posso afirmar acerca deste meu confrade: perdemos um dos nossos maiores escritores, poeta e repentista e produtor fonográfico - soube captar a sensibilidade humana através das suas narrativas, das suas poesias e do seu teatro. Que a sua literatura continue a inspirar-nos e a perdurar! Era notório que a condição humana do Téo Azevedo se transformava em poesia e a sua sensibilidade era transformada em palavras. Sentiremos falta dele, mas suas palavras ficarão para sempre no papel e nas nuvens. Acredito que com o passar do tempo poderemos apreciar o que significou para o mundo da literatura e até mesmo dramaturgia mineira a figura de Téo Azevedo. Téo também era dramaturgo exemplar, era provocativo e inteligente. - Téo Azevedo já foi até pugilista! Ainda na adolescência chegou a ser tricampeão mineiro. Téo Azevedo era um verdadeiro “Amansador de burro bravo” já passou por tudo que a vida artística proporciona – de bom e de ruim. De Cândido Canela e Téo Azevedo (letra e música) compuseram uma das mais bonitas toadas “Ternos pingos da saudade” - “Pôr de um sol amortecido / Tardes mortas do sertão”. Téo deixa filhos e filhas e a sua eterna esposa Maria de Lourdes Chaves, a carismática Lola Chaves, filha do compositor João Chaves - maior seresteiro e conspícuo do grupo de seresta “João Chaves”. Téo Azevedo era de uma família de artistas e seresteiros, começou com seu pai, “seu Tiófo” depois seus irmãos: Beatriz Azevedo (seresteira) – Arnaldo Azevedo (Arnaldo Maravilha, eterno rei momo dos nossos carnavais) – Antônio Augusto (in memoriam) – o sobrinho poeta Carlos Azevedo. Vamos sentir saudades dos nossos happy hour na Comunidade Rural de Mandacaru (Km 19- MG 308) e/ou em Glaucilândia – paradas obrigatórias no trajeto Montes Claros / Alto Belo. Uma prosa sem vaidades - a voz rouca era a sua marca registrada; suas histórias com Cândido Canela; Lola Chaves; Inezita Barroso; Jackson Antunes; “Maribondo Chapéu”; Padre Paulinho; Valdo e Vael; Rolando Boldrin; Wanessa Ferreira (TV Aparecida); Rodrigo Azevedo (seu sobrinho); Ternos de folias e muitos outros - era uma verdadeira aula de cultura e comprometimento. Este menestrel sertanejo eternizou o linguajar e a cultura mineira por meio das suas histórias em crônicas; músicas; cordéis e livros. Perdemos muito! XI – V – MMXXIV José Ponciano Neto é Escritor e Historiador - Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros - Membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas e Colunista Literário no Site: montesclaros.com

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