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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: As capitais Manoel Hygino Belo Horizonte faz aniversário. São 125 anos desde sua inauguração naquele memorável 12 de dezembro de 1897, quando as atenções da República para cá se transportaram. Foi uma extensa campanha para a transferência da sede da capital do Estado para onde finalmente ela se implantou. O historiador Waldemar de Almeida Barbosa, que para que veio 1927, sublinho como se deu a importante medida, que constituiu verdadeira guerra que os ouro-pretanos se moveram contra a mudança. Uma comissão foi obrigada a ir ao Rio para procurar o Marechal Deodoro, presidente da República, para pedir sua interferência no sentido de impedi-la. Tamanho e tão sério ambiente de hostilidade da antiga Vila Rica contra os mudancistas, que o Congresso Mineiro se viu coagido a funcionar em Barbacena, a fim de decidir livremente. Mas o que é mais valioso, como ressalta Almeida Barbosa, é que a providência, isto é, a transferência, teve o mérito de salvar Ouro Preto. Caso a capital tivesse lá permanecido, a criação de órgãos administrativos, a ampliação de empreendimentos indispensáveis à gestão pública, teriam resultado no sacrifício de notáveis edificações arquitetônicas antigas, além de relíquias artísticas e históricas. São eles, aliás, que fazem da velha cidade, mais uma vez sob a direção do Prefeito Ângelo Osvaldo de Araújo Santos, a maravilha que atrai e recebe visitantes de todo o país e do exterior. Se Ouro Preto é, ainda hoje, o que é, deve-o inegavelmente a Belo Horizonte. A nova metrópole se tornou uma espécie de anjo salvador de Vila Rica, sucessora de Mariana como sede do governo. Daí, a responsabilidade social do belo-horizontino ao zelar pela nova capital. Está, por via de consequência, contribuindo para preservar o notável legado que o passado atribuiu à antiga capital, de insuperável grandeza como reconhecido por organismos internacionais. Não sem razão, Bouvard, chefe do serviço de urbanismo de Paris, declarou, em 1911, que cabe “aos poderes públicos apenas respeitar seu plano, e prosseguir na obra inteligentemente delineada”.

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