Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 28 de dezembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: Lá no Javari Na Sé de São Paulo, solenidades - religiosas ou não - prestaram homenagem à memória do sertanista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, assassinados no Oeste da Amazônia, limite do Brasil com o Peru e Colômbia. O jornalista Aylê-Salassié F. Quintão, mineiro de nascimento, conhece a região, por ter acompanhado como repórter os trabalhos do Projeto Radam, que produziu relatórios e mapas da Amazônia desconhecida, e hoje vive em Brasília. Ele conta que Che Guevara chegou a pensar em iniciar sua incursão revolucionária pela América do Sul a partir daquela tríplice fronteira. A região abriga não apenas uma longa faixa de limite seco, como é atravessada por alguns dos principais rios da bacia amazônica: Negro, Japurá, Içá, Purus, o próprio Amazonas e seus afluentes. O governo federal mantém instalados ali várias delegacias da Polícia e da Receita Federal, da Funai, do Ibama, da Funasa e outros, inclusive bases do Comando Militar da Amazônia. Mas, de verdade, as forças que atuam na região são outras. O jornalista e professor Aylê, que já andou meio mundo em suas missões, revela mais sobre aquele pedaço do Brasil: “O governo brasileiro está em peso representado na Amazônia, mas, aparentemente, no Oeste ninguém respeita as leis. Servidores do Estado tem, inclusive, receio de trabalhar na região. Vez por outra é assassinado um fiscal, um indigenista (19 só este ano), um missionário. Entre as transgressões mais comuns por ali estão o contrabando, lavagem de dinheiro, mineração ilegal, narcotráfico, tráfico de madeira, de armas, de pessoas e de recursos naturais, tudo controlado por chefões, localizados nas cidades próximas, por políticos e até por cartéis do lado colombiano e peruano. Vilas e cidades rarefeitas estão isoladas. As nações indígenas vivem no interior das matas. São os “Povos da Floresta”. Há municípios em que se fala quatro a cinco línguas diferentes. Além disso, no próprio Vale do Javari, os índios vivem em confronto entre si até por território, o que torna a demarcação das terras um tema prioritário e complexo. Em novembro de 2014, dois índios matis morreram durante contato com corubos isolados. Em resposta, 15 indígenas corubos teriam sido assassinados em outro encontro, em setembro de 2015. O mesmo aconteceu com alguns madeireiros. A Funai teve a sede ocupada pelos índios em Atalaia do Norte. Na região, o que está em jogo não é bem o território indígena físico, mas, primeiro, os recursos pesqueiros, madeireiros e de garimpo, conduzidos pelo homem branco. Segundo, a rota Javari é usada para o tráfico de drogas e o contrabando”.

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima