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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Obra para sempre Manoel Hygino Precioso livro foi lançado em 2020 pela Chiado Books (Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde), mas precisa ser reconhecido em sua grandeza e importância. Refiro-me a “A Saga de Antônio Dó”, na versão definitiva que lhe deu o autor, Petrônio Braz, com cerca de 700 páginas. A escritora Isabel Cabral Costa, da Associação Portuguesa de Escritores e embaixadora da Língua Espanhola em Portugal, exalta a obra de Petrônio Braz, fruto de 23 anos de estudos do personagem, da época e da região em que viveu, para enfim apresentar uma reconstituição, que se poderia classificar de histórica. Nele se descreve a luta do protagonista, contra o despotismo dos coronéis, impondo pela força a justiça numa terra sem lei. Antônio Dó poderia ser incluído entre aqueles que o excelente crítico Fábio Lucas considera “heróis forjados no sofrimento e no desafio”, integrantes de “grupos de bandoleiros pelo sertão, numa luta pelo poder hipotético, fixando o lúdico exercício de viver perigosamente”. A situação do território em que viveu Antônio Antunes de França (Antônio Dó), baiano de Pilão Arcado, nunca foi pacífica, já que reivindicada a direita do Rio São Francisco pela Bahia, como defendido pelo governador geral Marquês de Angeja. Antônio Dó – para evitar problemas – muda-se para a faixa mineira de São Francisco, adquirindo fazenda em Boa Vista, a quatro léguas. Segundo Brasiliano Brás, já com pequena fortuna, Dó entra em atrito com o poderoso fazendeiro Manoel Francisco da Silva, que manda invadir a propriedade. Humilhado na Delegacia de Polícia, embrenha-se pelo sertão para arquitetar vingança. A partir daí, segundo Petrônio, o personagem “transpõe as características regionais para universalizar a problemática dos seres vitimados pela opressão”. Perseguido, não se transformou em bandido, mas num homem sem medo, disposto a lutar até a morte por seus direitos. E morre, simplória e ingloriamente. Enfim, a obra é um dos melhores lançamentos no Brasil em 2020. Petrônio, com a nova edição de sua obra, se consolida como um dos maiores pesquisadores da grande região norte-mineira, polo de acontecimentos não suficientemente conhecidos até hoje, mas relevantes para verdadeiramente se conhecer a terra e as gerações que ali se forjaram. Elas contribuíram para definir o próprio mapa da província e do Estado, enfim, do Brasil.

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