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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Bruta encrenca Manoel Hygino As organizações internacionais da área de Saúde confirmaram que o “tratamento precoce”, preconizado por Bolsonaro e seus adeptos no Brasil, não existia de fato e que os medicamentos que compunham uma fórmula salvadora contra a Covid-19 é ineficaz. Não deu certo, a despeito da insistência dos defensores desse tipo de medicamentos. O problema caiu no colo do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que é um general da ativa do Exército Nacional. Este, diante das câmeras de televisão, confessou que o presidente dava ordens e ele cumpria. O Tribunal de Contas da União deu cinco dias para que o Ministério da Saúde informasse sobre o uso de dinheiro público federal para distribuição de cloroquina pelo SUS, contra a enfermidade. Apesar da ausência de validação científica, o presidente e seu ministro apostaram no medicamento como estratégia de tratamento precoce. Um erro lamentável. O TCU argumenta que o remédio só poderia ser fornecido pelo SUS para tratar a doença se houvesse autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou de organizações sanitárias estrangeiras credenciadas. Não foi o caso. Acusado de orientar o uso da cloroquina, em nova viagem a Manaus, ainda em colapso, Pazuello se viu em apuros, porque teria ou terá de referir-se a uma orientação presidencial, suficientemente provada por televisões e rádios. Uma brutal encrenca, que não é a única no caso. Aí me deu de escrever sobre a palavra: Encrenca – “Negócio intrincado, caso difícil, assunto que compromete; posição crítica, aperto, entalação, conflito” (gíria). Raul Pederneiras diz que essa palavra é oriunda da gíria dos ladrões. Segundo Antenor Nascentes, “o vocábulo se popularizou pela Guerra de 1914”. Houve quem visse aí o elemento krank, “doente”, difundido pelos teuto-brasileiros de Santa Catarina. Outros acham que encrenca provém do Rio Grande do Sul, em contacto com o espanhol platino, de enclenque, “enfermiço, falta de saúde”. Há quem veja no verbo encrencar (e daí encrenca) cruzamento alemão ant. lenka, “defeituoso”, e daí a ideia de “difícil, desfavorável”, com o latino clinare, “inclinar”. Encrenca mesmo.

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